Embrapa Vegetables
Formas de comercialização e perspectivas
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Sistema de produção de batata-doce
Embrapa Hortaliças
Sistema de Produção, 9
ISSN 1678-880X
Fev/2021
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Consórcio e uso
A batata-doce, comumente comercializada in natura (Figura 8), também pode ser encontrada em outras formas como, minimamente processada (Figura 9), ou processada na forma frita de chips ou palha (Figura 10), doce (Figura 11), e também da farinha (Figura 12). Recentemente, a fécula (amido ou goma) de batata-doce hidratada também tem sido oferecida no mercado para consumo na forma de tapioca (Figura 13).
Foto: Giovani Olegário da Silva

Figura 8. Produto in natura no mercado.
Foto: Giovani Olegário da Silva.

Figura 9. Batata-doce minimamente processada.
Foto: Giovani Olegário da Silva

Figura 10. Batata-doce frita na forma de palha e chips.
Foto: Giovani Olegário da Silva.

Figura 11. Doce de batata-doce.
Foto: Giovani Olegário da Silva

Figura 12. Batata-doce em pó (farinha).
Foto: Débora de Faria Albernaz Vieira.

Figura 13. Fécula (amido ou goma) hidratada da batata-doce (tapioca).
O processamento permite agregação de valor ao produtor e à agroindústria, e faz com que o produto possa ser utilizado em maior gama de preparos/receitas, entre outras possibilidades de uso. Os consumidores estão buscando algo que vai além do produto em si, ou seja, ao adquirir uma fruta ou hortaliça busca-se a praticidade, saúde e conveniência. De acordo com a publicação Brasil Food Trends 2020, dentre as principais tendências de preferência do consumidor brasileiro, estão às refeições prontas e semiprontas, os alimentos de fácil preparo, as embalagens de fácil abertura, fechamento e descarte.
No segmento de alimentação fora do lar, cresce o consumo de produtos em pequenas porções, adequados para serem consumidos em trânsito ou em diferentes lugares e situações, além de oportunidade para nichos específicos como: sem glúten, vegano, com carboidrato de baixo índice glicêmico (para diabéticos e pessoas com restrição calórica), enriquecidos com vitaminas, como no caso das raízes de batata-doce de polpa alaranjadas ou arroxeadas, ricas em beta-caroteno e antocianinas, respectivamente, assim como para utilização como corantes naturais.
Nessa conjunção, há lugar para a expansão do mercado consumidor de batata-doce nas diferentes formas apresentadas. No mercado nacional há pelo menos quatro indústrias de médio e grande porte processando batata-doce na forma de chips. Como exemplo do crescimento desse segmento e do consumo desse produto pela população, em 2018 o faturamento individual de uma dessas foi de R$ 30 milhões, que também oferta produtos derivados de outras hortaliças e de grãos. No mesmo escopo, indústrias da área de suplementos alimentares e medicamentos têm incluído em seu portfólio produtos como a batata-doce em pó (farinha) (Figura 13) e shakes para praticantes de atividades físicas.
O crescimento desses produtos se configura como uma oportunidade, uma vez que há demanda por parte dos consumidores que estão dispostos a pagar um preço diferenciado, contando com as características e facilidades já mencionadas. A cadeia produtiva de batata-doce deverá caminhar para atender às exigências desse “novo” consumidor, com mais tecnologias e informações que auxiliem os diferentes segmentos que a compõe.