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Sistema de produção de batata-doce
Embrapa Hortaliças
Sistema de Produção, 9
ISSN 1678-880X
Fev/2021
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Lavagem

Figura 4. Quantidade, em mil toneladas, de batata-doce comercializada nas diferentes Centrais de Abastecimento das regiões Sudeste e Sul.
Fonte: Conab, (2019).*Dados não deflacionados.
Entre os valores médios pagos no quilo do produto ao longo dos meses do período de 2014 a 2018, as variações chegam, em média, a 12% de diferença entre a região Sudeste e Sul. Com relação aos períodos com maior valor pago ao produtor, nos últimos dois anos – 2017 e 2018, o mês de Dezembro e o período de Março a Abril na região Sudeste são os mais favoráveis com valores médios próximos a R$ 2,40/kg. Já na região Sul, nesses mesmos anos, no mês de Março e no período que vai de Setembro a Outubro, maiores preços são apresentados (Figura 5) com valores médios próximos a R$ 2,10/kg.

Figura 5. Valor (R$) pago no quilo de batatas-doces comercializadas nas diferentes Centrais de Abastecimento das regiões Sudeste e Sul.
Fonte: Conab, (2019).*Dados não deflacionados.
Tomando como exemplo dados da Ceasa, Porto Alegre, RS, com relação ao preço médio, em R$ por quilograma, nos últimos cinco anos (2014 a 2018), no período de setembro a fevereiro há um aumento nos valores pagos (Figura 6). Essa circunstância ocorre pela restrição de cultivo no inverno, fazendo com que os plantios nesse estado ocorram principalmente no verão/outono. Apenas em algumas regiões, pela condição microclimática, é possível estabelecer uma área antes do inverno para retirada de material propagativo (mudas) logo no início do mês de agosto. Assim, em alguns municípios como, por exemplo, Caraá, RS, os plantios oriundos dessa retirada de material propagativo, que se manteve hibernando até agosto, ocorrem no início do verão e consequentemente alcançam melhores preços em função da lacuna de produção regional no período.

Figura 6. Valor pago no quilo (R$/kg) de batatas-doces comercializadas na Ceasa, Porto Alegre, RS.
Fonte: Ceasa, (2019).*Dados não deflacionados.
Os municípios de Mariana Pimentel, com 37,99%; Barra do Ribeiro, com 19,30%, Guaíba, com 8,55%; e Caraá, com 4,54% do total comercializado em 2018 são os principais abastecedores desse entreposto. Por consequência também da janela de menor produção no período do inverno, um volume considerável de batata-doce oriundo de outros estados são comercializados na Ceasa, RS, tais como Feira Grande, AL e Presidente Prudente, SP, com 4,18% e 3,40% do total comercializado em 2018, reiterando à eficiência do mercado na distribuição a partir das demais regiões produtoras (Figura 7).

Figura 7. Volume, em toneladas, dos seis principais fornecedores de batatas-doces comercializadas na Ceasa, Porto Alegre, RS, em 2018.
Fonte: Ceasa, (2019).*Dados não deflacionados.