Esta lagarta é cosmopolita e apresenta um alto grau de polifagia, atacando várias culturas no Brasil, como soja, algodão, milho, feijão, linhaça, girassol, cereais de inverno, citros, trigo, cevada, aveia e sorgo, algumas hortaliças, além do grão-de-bico. Seu ciclo de vida, em condições ótimas, varia de 35 a 40 dias/ciclo, podendo completar de 3 a 4 gerações por ciclo da cultura. Sua forma adulta é uma mariposa de 35 mm a 40 mm de ancho nas asas, com cor amarelo no primeiro par de asas, com um ponto escuro mais ou menos  visível, e o segundo par de asas com cor mais clara com uma grande faixa escura distal. As lagartas alimentam-se tanto dos órgãos vegetativos como reprodutivos das plantas, causando deformações ou podridões nestas estruturas ou até mesmo a sua queda (Figura 16). Como táticas de controle, podem ser utilizadas as armadilhas com feromônio sexual da praga, a eliminação de restos culturais e o uso de inseticidas seletivos.

Figura 16. Lagartas da espécie Helicoverpa armigera.
Foto: Warley Marcos Nascimento

O adulto é uma mariposa com 30 mm a 40 mm de envergadura e asas anteriores cinzas esverdeadas ou escuras. As lagartas apresentam o corpo claro e cabeça marrom, atacam as flores e vagens provocando sérios danos. Seu controle é realizado com o uso de inseticidas.

A lagarta mede, aproximadamente, 20 mm de comprimento, com uma coloração amarela esverdeada ou azulada. Causa danos às vagens, onde penetra para consumir os grãos ainda em formação (Figura 17). Uma lagarta pode danificar diversas vagens, mas raramente tem sido observada causando danos mais intensos ao grão-de-bico. 

Para controle, é recomendado após a floração três aplicações com inseticidas em intervalos de 12 dias com os seguintes produtos  respectivamente: methamidofós (662 g/ha) + lifenuron (20 g/ha); acefato (375 g/ha) + clorfuazurom (20 g/ha); methomyl (107,5 g/ha) + espinosade (96 g/ha).

Figura 17. Detalhe da lagarta das vagens (A) e danos causados nos grãos (B).
Foto: Warley Marcos Nascimento

Mede em torno de 45 mm de comprimento, apresenta uma coloração marrom-acinzentada, é robusta, com tubérculos pretos em cada  segmento. A lagarta ataca a região do colo da planta, seccionando-a, provocando o tombamento e murcha das plântulas. Plantas bem desenvolvidas quando atacadas conseguem se recuperar, embora a sua produção seja prejudicada. O tratamento mais indicado é o  químico, tanto das sementes como a aplicação do produto no sulco de plantio e, por meio de pulverizações. 

Conhecida como broca do colo, mede de 10 mm a 20 mm, de cor escura e cabeça amarronzada. Ataca plantas novas, penetrando no caule, na região do colo, abrindo galerias no seu interior. As plantas são sensíveis ao ataque até 30 dias após a germinação, provocando murcha e morte da planta. A ocorrência é mais frequente em época seca, ou quando ocorre período de estiagem no início do desenvolvimento da planta. O controle mais indicado pode ser o químico ou o biológico com Beauveria bassiana ou Metarhizium anisopliae.

As principais pragas que atacam os grãos armazenados são os carunchos (Coleoptera) e as traças (Lepidoptera). Provocam  perfurações nos grãos, diminuindo seu valor comercial, além disso, atuam como porta de entrada para microrganismos. O seu controle é realizado por meio de expurgo dos grãos sob lona plástica, proporcionando um ambiente vedado, utilizando, em média, 1 pastilha de 3 g de fosfina por 15 sacos de 60 kg. O período de expurgo deve ser de 48 hs a 72 hs. Outra forma de controle é o tratamento dos grãos com inseticidas em pó antes do ensaque.